Uma trágica história de incesto (AVÓ E NETO) Parte II

CONTINUANDO... — *Bom descanso, Gustavo. Vou pra cidade comprar alguns mantimentos. Nos vemos à noite, meu amor…* — disse, fechando o portão com mãos trêmulas. Gustavo acenou da varanda, seu sorriso largo o suficiente para eu sentir as pernas amolecerem. Margarete então partiu para o ponto de ônibus, ansiosa e cheia de expectativa, a bolsa de palha batendo no quadril como um coração descompassado. O ônibus velho rangia como carroça fantasma. Sentei no banco traseiro, longe dos olhos do motorista, e fixei os olhos nas plantações de feijão queimadas pelo sol. *“Setenta anos, Margarete, e ainda te fazem suar igual novata”*, pensei, apertando a bolsa contra o peito. A estrada poeirenta parecia mais longa que o habitual, cada curva um suspense. A **Brisa Noturna** ficava escondida entre um mercadinho e uma funerária. A campainha tilintou ao entrar, e uma moça de cabelo rosa e piercing no lábio surgiu: — Ajuda, dona? — Preciso de algo… *especial* — respirei, evitando olhar para as araras de ...